Ergonomia na arquitetura de interiores e o impacto na produtividade
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Criar espaços que sejam acessíveis a todos faz parte da missão dos arquitetos. Isso inclui, claro, os ambientes corporativos. Eles devem ser pensados para atender às principais necessidades de qualquer pessoa.
Esse pensamento faz dos arquitetos agentes fundamentais na criação de um mundo mais justo, mais igual e mais inclusivo, que não discrimina ninguém e oferece oportunidade e conforto a todos.
Quando falamos em acessibilidade na arquitetura, estamos falando não apenas de pessoas portadoras de deficiência, mas também de idosos, pessoas com algum tipo de restrição, obesos etc…
Para que qualquer pessoa seja capaz de acessar um determinado espaço, é importante estar atento ao conceito de Desenho Universal, que propõe sete princípios para que os espaços sejam acessíveis ao maior número de pessoas possível. São eles:
– Equidade
– Flexibilidade
– Uso simples e intuitivo
– Informação perceptível
– Tolerância ao erro
– Baixo esforço físico
– Tamanho e espaço para aproximação e uso.
No Brasil, a lei federal nº 10.098/2000 estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. De acordo com a legislação, devem ser livres de barreiras ou obstáculos, as vias e espaços públicos, o mobiliário urbano, todos os elementos de uma construção nova ou de reformas de edifícios, além dos meios de transporte e de comunicação.
Para guiar os profissionais de arquitetura envolvidos na construção de espaços corporativos existe um norma da ABNT (a NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos) que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação de edificações às condições de acessibilidade.
É importante se manter atualizado com relação à essa legislação, para que os projetos estejam sempre de acordo com a lei e, mais importante, ofereçam conforto e segurança para as pessoas.
Mais do que olhar para a legislação, é importante que arquitetos, engenheiros, designers e todos os profissionais envolvidos na construção de um ambiente corporativo estudem e analisem quais são as necessidades que as pessoas possuem ao utilizar o local.
Via de regra, existem algumas questões básicas que devem ser observadas:
Área de circulação: deve ser confortável para todas as pessoas, incluindo aquelas que usam cadeira de rodas. É preciso pensar, por exemplo, em espaço para manobras.
Acessibilidade: rampas, elevadores, portas mais largas e os espaços de circulação precisam ser projetados para que qualquer pessoa acesse o espaço. Aqui também entra a sinalização tátil e até o mapa tátil, que ajuda na orientação de pessoas com deficiência visual.
Mobiliário: a altura do mobiliário é muito importante na questão da acessibilidade. Pias e lixeiras, por exemplo, devem ser acessíveis a todos, assim como sofás, bancos e poltronas.
Barras de acesso: este é um item importante porque ajuda na segurança de muitas pessoas, incluindo os idosos, uma população cada vez maior no país.
Revestimentos: nunca se pode esquecer de dar uma atenção especial aos revestimentos utilizados na obra. Eles precisam ser seguros, de preferência antiderrapantes.
A arquitetura inclusiva e acessível é uma contribuição que todas as empresas podem dar ao mundo. Ao se posicionar como um espaço que recebe a todos com segurança e conforto, a empresa já mostra que quer fazer parte de um mundo mais inclusivo e justo. E isso é cada vez mais necessário.
Oferecer projetos e soluções de acessibilidade para outros escritórios e para empresas, complementando projetos existentes é uma vantagem para ambos os lados.
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